sábado, 7 de maio de 2011

Mães Más

Quem nunca disse que a mãe dele é sempre pior que a de qualquer outra pessoa?? Não estou fora dessa lista, é claro... mas certa vez em uma reunião de pais de uma escola particular que eu trabalhava, o diretor apresentou esse texto: 'Mães más', e estávamos eu e minha mãe lado a lado, e penso que foi uma das vezes que me senti mais envergonhada ao lado da minha mãe.
Não só texto me fez refletir, mas dois outros fatores foram importantes pra eu passar a valorizar ainda mais a minha mãe: a minha maturidade e mais uma vez... a minha estada em São Mateus. Como foi dificil estar lá sem a minha mãe... quantas vezes eu engolia o choro para ela não pensar que eu estava sofrendo, mas quando desligava o telefone, aquela 'muralha' desmoronava em lágrimas. Mas, como já disse em outras postagens, não me arrependo, eu precisava. E hoje eu entendo ainda mais a minha mãe, e lógico... a amo ainda mais.
Não sou mãe, mas minha irmã foi abençoada com a dádiva de ser Mãe!! Espero que ela seja tão "má", quanto a nossa mãe foi com a gente.
Hoje eu posso agradecer por minha mãe ter sido tão Má, e ainda é de vez em quando. Afinal a mãe sempre acha que o filho é sempre criança rsrs (quem dera!!).
Parabéns a todas as MÃES!! Principalmente, a minha, Fátima, a minha irmã Silvana, que agora é mãe, minha tia Vera e minha avó Adélia, que sempre dão um 'pitaco' de mãe rsrsr
Quem não conhece o texto mãe má, fica aí a dica... leia é lindo!Vale a pena... reflita um pouquinho, antes de reclamar...

Mães Más
Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:
"Eu os amei o suficiente para ter perguntado: onde vão, com quem vão e a que horas regressarão".
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio, e fazer com que eles soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar pelas balas que tiraram da mercearia, ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé duas horas junto deles, enquanto limpavam o quarto: tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por eles, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que poderiam me odiar por isso - e em alguns momentos até me odiaram.
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci... porque no final eles venceram também!
E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer, quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: "Sim... Nossa mãe era má! Era a mãe mais má do mundo..."
As outras crianças comiam doces no café da manhã, e nós tínhamos de comer cereais, ovos e torradas.
As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvete no almoço, e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
E ela obrigava-nos a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comerem vendo televisão.
Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora - tocava nosso celular de madrugada.
Era quase uma prisão; mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que eles faziam.
Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorasse só uma hora ou até menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil.
Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos que achávamos cruéis.
Eu acho que ela dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata.
Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos.
Tinham que subir, bater à porta para ela os conhecer.
Enquanto todos podiam voltar à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16 para chegar mais tarde, e aquela "chata" levantava para saber se a festa foi boa - só para ver como estávamos ao voltar.
Por causa de mãe, nós perdemos algumas experiências da adolescência.
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
Foi tudo por causa dela.
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o nosso melhor para sermos "Pais Maus", tal como a nossa mãe foi.
Eu acho que é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes
"MÃES MÁS".

Um comentário:

  1. adorei essa mensagem,tenho ela e sempre fico emocionada quando a leio...acho seu ponto de vista bem peculiar e gosto do jeito que pensa e se expressa..parabéns pelo teu blog,é lindo...valew e gostaria de te add como seguidora e como blog q sigo,pode ser? valew!

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